Roubaram-me as palavras. Minhas frases parecem perdidas na minha busca por aquilo que não sei se quero seguir.
Sinto falta daquela poesia borbulhante que nascia das entranhas e não mais pertencia a mim. Aquele entusiasmo cheio de vida, dos pulos de menina bailante que hoje são passos pesarosos de uma mulher que tem que ganhar a vida.
E nas portas fechadas, sinto voltar a minha claustrofobia e a imensa vontade de habitar o teto de estrelas e o chão de terra que construí o castelo de minhas idiossincrasias. Enquanto tento sorrir, não escondo a tristeza do canto de olho, nem as sombras que se formam no sol por trás de mim.
Roubaram-me as palavras e elas voam como passáros livres esperando o semear do meu jardim. Enquanto espero com calma, balançando para frente e para trás no relógio da vida, descubro a certeza de que só agora tem sentido.
Olho parte de mim crescer aqui fora, vejo parte de mim renascer dentro, chamando a artista e a poeta para sambar a noite inteira, enquanto adormeço dando peito.
Um comentário:
Meus parabéns amiga pelo seu trabalho. Sou seu seguidor do seu blog e gostaria que vc tb fosse a minha seguidora do meu blog. Um abraço de Manoel Limoeiro de Recife-PE.
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