
"Eu não sou da sua rua,
eu não sou o seu vizinho.
eu moro muito longe..."
Pessoas caminham ensimesmadas. No carro, vidros fechados e escuros para que a realidade de fora não os olhem. Sentadas solitariamente, deixam namorados, amigos e famílias para se sentirem parte de um mundo globalizado em comunicações medadas por máquinas que distraem e tiram o foco do essnecial.
Enquanto são ordinárias em suas vidas diárias, escrevem coisas fantásticas em blogs, twitter, tem milhões de seguidores, falam, falam e não ouvem .Brodecasters de um mundo superficial.
Não é o meio que faz as coisas, mas como usamos os meios. O fato é, que cada dia, mais e mais pessoas acham que precisam estar em todos os lugares para serem alguém e se esquecem que é só em contato com o coração, com a fonte mais pura, é que realmente conseguimos conhecer o mundo real.
Quando desligamos nossas mentes e sentidos daquilo que nos distrai, podemos ouvir os ruídos de nossa mente a prender a fazer música. Não vejo sentido em ter um cachorro, pagar um pet shop para dar banho nele e uma pessoa para caminhar ao lado de seu amigo animal, enquanto você se distraí na vã ilusão que se está transformando o mundo mediado por tecnologia.
Eu muitas vezes me perco em tantas coisas: milhões de e-mails, comunidades, orkut, twitter. Mas agora tenho me obrigado a caminhar pela manhã com meu cão, na mata linda que me cerca, correr para fazer o corpo suar e depois tomar uma ducha no quintal. Usar da tecnologia, mas dormir cedo para descansar a alma, meditar para equilibrar e contatar meu ser, cantar para agradecer, fazer yoga para colocar a energia vital a disposição do corpo.
Há muitas formas de nos distrair, poucos caminhos que nos ensinam a ver a felicidade aqui e agora, como canta Gil e muitos labirintos sem saída que nos fazem acreditar que a felicidade está sempre ali, onde não se vê.
Eu escolhi meu caminho: desliguei a televisão, abri as antenas do além, os olhos dos anjos e uma vida que faz da existência uma verdadeira oportunidade de transformação. Qual é o seu?