sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Lá do Céu



Foto: Kalu Brum

Um dia, lá do céu, me encantei com este planeta azul. Parecia ser brilhante e alegre com seus pássaros coloridos, folhas de verdes diversos, sorrisos e bailares em fogueiras.


Fiquei lá de cima admirando o nascer, crescer, envelhecer e partir de todas as coisas e como os homens se prendem a noção errônea do tempo sempre voltados com o faróis para trás ou para frente, sem olhar a paisagem de suas belas janelas.

E foi uma risada gostosa de criança que me enfeitiçou de tal forma que aqui despenquei, sem avisos ou manuais. Com olhos de anjo sempre vi o que parece não existir, vivi coisas tão intensas e ao mesmo tempo que consegui permanecer fora de muitas delas.

Aqui embaixo olhava a estrela brilhante de cão maior e pedia para voltar. É ruim sentir-se fora de lugar, solitária, diferente tanto tempo. Viver com anjos, ver as fadas a tocar os botões e fazer a primavera. Um mundo secreto, fantástico que por vezes pareceu ilusão de menina louca. E na minha mais desesperada prece, um dia estava preenchida.

Uma alma irmã veio lá de perto para me ensinar novamente o caminho das esrelas, a encantar-me com esta pérola azul que hoje habito. E deitada na relva, olhando as nuvens, de mãos dadas, fitando seu olhos brilhantes e ouvindo seu riso fácil, eu me lembrei do que me encantou. E em prece agradeci por aqui aterrizar e sem perceber estava, com suas asas, oltando para casa. Em 2012 a gente chega.


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