quinta-feira, 25 de junho de 2009

Amor Desperto

Para quem escolhe uma vida desperta todos os dias são para celebrar o amor. Dias preenchidos de pequenas felicidades que no final traz a gostosa certeza de conhecer o sabor de estar junto.

Um sorriso na hora do almoço, um carinho inesperado no cangote. Tudo isso faz com que o amor seja real e mais importante que os pequenos obstáculos do cotidiano.

Viver um amor desperto é negar as algemas e celebrar os laços; fechar os olhos para os prazeres e cultivar a espiritualidade; é saber que mesmo diferentes queremos o mesmo: ser melhor a cada dia para experimentar constantemente o poder interior.

Que todos os dias escolha você como meu namorado. Desta forma viveremos um agora e sempre enamorados celebrando o amor em cada detalhe. O amor é este sentimento que nos faz amadurecer e se encantar, como um menino, pela a vida.

Abaixo um poema de fernando Pessoa que gosto muito. Para mim este Deus menino é o Amor.

“No céu era tudo falso, tudo em desacordo com flores e árvores e pedras. No céu tinha de estar sempre sério...

Fugiu para o sol e desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso natural.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me as flores e mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as tem na mão e olha devagar para elas.

A Criança Nova que habita onde vivo
dá-me uma mão a mim e a outra a tudo que existe,
e assim vamos os três pelo caminho que houver, saltando e cantando e rindo e gozando o nosso segredo comum que é o de saber por toda a parte que não há mistério no mundo e que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
O meu ouvido atento alegremente a todas os sons são as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas. (...)

Ele dorme dentro da minha alma e às vezes acorda de noite e brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar.
Põe uns em cima dos outros e bate palmas sozinho sorrindo para o meu sono.

Quando eu morrer, filhinho, seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo e leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano e deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde, para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar até que nasça qualquer dia
que tu sabes qual é.“

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